quarta-feira, 3 de junho de 2009

ADIVINHAÇÃO E MAGIA

Catecismo da Igreja Católica
ADIVINHAÇÃO - AÇÃO CONTRÁRIA A DEUS

CIC §2115 ADIVINHAÇÃO E MAGIA

Deus pode revelar o futuro a seus profetas ou a outros santos. Todavia, a atitude cristã correta consiste em entregar-se com confiança nas mãos da providência no que tange ao futuro, e em abandonar toda curiosidade doentia a este respeito. A imprevidência pode ser uma falta de responsabilidade.

CIC §2116 Todas as formas de adivinhação hão de ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas que erroneamente se supõe "descobrir" o futuro. A consulta aos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e da sorte, os fenômenos de visão, o recurso a médiuns escondem uma vontade de poder sobre o tempo, sobre a história e, finalmente, sobre os homens, ao mesmo tempo que um desejo de ganhar para si os poderes ocultos. Essas práticas contradizem a honra e o respeito que, unidos ao amoroso temor, devemos exclusivamente a Deus.

CIC §2117 Todas as práticas de magia ou de feitiçaria com as quais a pessoa pretende domesticar os poderes ocultos, para colocá-los a seu serviço e obter um poder sobrenatural sobre o próximo - mesmo que seja para proporcionar a este a saúde - são gravemente contrárias à virtude da religião. Essas práticas são ainda mais condenáveis quando acompanhadas de uma intenção de prejudicar a outrem, ou quando recorrem ou não à intervenção dos demônios.

O uso de amuletos também é repreensível. O espiritismo implica freqüentemente práticas de adivinhação ou de magia. Por isso a Igreja adverte os fiéis a evitá-lo. O recurso aos assim chamados remédios tradicionais não legitima nem a invocação dos poderes maléficos nem a exploração da credulidade alheia.

CIC §2138 A superstição é um desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus. Ela se mostra particularmente na idolatria, assim como nas diferentes formas de adivinhação e de magia.

Magia, ocultismo e esoterismo: abrem portas para ação do maligno

Recentemente, o exorcista e professor da Pontifícia Universidade Regina Apostolorum de Roma, Pe. Francesco Bamonte, assegurou em uma palestra num Congresso que entre as possíveis causas de possessão diabólica se encontram as atitudes supersticiosas, praticar o ocultismo ou o esoterismo e envolver-se na corrente neo-pagã da Nova Era e recorrer à difundida prática da leitura das cartas e do tarô. (fonte:acidigital. com,13.08.2008)

Afirma o padre Francesco que: “A ação extraordinária do demônio tem três possíveis causas”.“A primeira tem a ver com a própria culpa, quando se assumem atitudes supersticiosas, além de exercer práticas de ocultismo, pertencer a seitas satânicas ou esotéricas, envolver-se na corrente da Nova Era ou acreditar no poder dos talismãs, das pirâmides de energia, a cartomancia ou o tarô”.

A segunda “pode ser causa de um malefício elaborado ou mandado a realizar por uma terceira pessoa”. É o caso de magia, trabalhos de terreiros, etc.

E a terceira pode ser um chamado especial de Deus para que a pessoa ofereça seu sofrimento nas garras do demônio pela salvação de outras almas”.

O padre Francesco dedica grande parte de sua atividade pastoral à ajuda das vítimas da “magia” e dos “operadores do oculto”, advertiu aos sacerdotes participantes do evento que, como muitos dos sinais de possessão podem confundir-se com doenças mentais, é necessária uma avaliação de cada caso “com a maior prudência possível”.
Entre os sinais “de uma real possessão diabólica”, ele disse que encontram-se o “falar, compreender e escrever e ler idiomas desconhecidos pela pessoa; conhecer circunstâncias que os são impossíveis de saber ao possuído, como pecados do exorcista ou outra pessoa; ter uma força desmedida mas sobre tudo a aversão pelo sagrado: a Deus, à Igreja, etc.”.

Este alerta mostra mais uma vez o perigo das pessoas buscarem poder e conhecimento fora dos planos e da vontade de Deus no ocultimo (magia, feitichismo, horóscopos, cristais, búzios, candomblé, macumba, sortilégios, formas de adivinhação do futuro, etc.). Todas essas práticas ferem o Primeiro Mandamento da Igreja e por isso abrem as portas para a ação do Maligno sobre a vida da pessoa.

Fonte: Adversus Haereses