quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A Vida do Santo Pio de Pietrelcina - parte II



Inicio de suas experiências extraordinárias

Sua vida transcorreu nos arredores da Igreja Santa Maria dos Anjos, que poderíamos dizer foi como sua "casa".

Aqui foi batizado, fez sua primeira Comunhão, sua Confirmação, e precisamente, aos cinco anos de idade, teve uma aparição do Sagrado Coração de Jesus.

O Senhor posou sua mão sobre a cabeça de Francisco e este prometeu a São Francisco que seria um fiel seguidor.

O curso de sua vida e sua vocação ficaria desde esse momento selado.

Padre Pio se oferece a tão pouca idade como vitima.

Este ano marcaria a vida de Francisco para sempre; começa a ter aparições da Santíssima Virgem, que continuariam pelo risto de sua vida.

Também tinha trato familiar com seu anjo da guarda, com o que teve a graça de comunicar-se toda sua vida e o qual serviu grandemente na missão que ele receberia de Deus.

É também a esta idade que os demônios começaram a tortura-lo.

O menino costumava a ficar sob a sombra de uma árvore particular durante os quentes e ensolarados dias de verão.

Amigos e vizinhos testemunharam que foram em mais de uma ocasião as vezes que o viram lutar com o que parecia sua própria sombra.

Estas lutas continuariam pelo risto de sua vida.

Foi um menino calado, diferente e tímido, muitos dizem que a tão pouca idade já mostrava sinais de uma profunda espiritualidade.

Era piedoso, permanecia longas horas na Igreja depois da missa.

Pedia ao sacristão para que lhe permitisse visitar ao Senhor na Eucaristia, nos momentos nos quais a Igreja permanecia fechada.

Em tempos em que o padre era ainda pequeno, a tifóide era uma enfermidade mortal e o pequeno Francisco se viu perto da morte em conseqüência dela.

A febre lhe chego tão alta, que o doutor informou a sua mãe que ao pequeno Francisco lhe restavam algumas horas de vida.

A mãe, com a dor que experimentava seu coração, devia continuar seus trabalhos domésticos e preparou, como de costume, alimentos para os trabalhadores que lhes ajudavam com suas terras.

A comida que Guiseppa preparou foram pimentões fritos e os trabalhadores não os comiam por inteiro por serem muito picantes.

Ao pequeno enfermo, o odor dos pimentões lhe pareceu muito apetitoso e em quanto se encontrou sozinho, não podendo caminhar, se arrastou até o lugar no qual se encontravam os pimentões que tanto lhe apeteciam e os comeu todos.

Quando terminou de comer, regressou a sua cama e sentiu uma grande sede.

Chamou a seu irmão Miguel para que lhe trouxesse algo para beber.

Seu irmão lhe levou uma caneca de leite e lhe serviu um pouco em uma colher, como o haviam fazendo antes.

Francisco, tomou a caneca e a tomou toda para a surpresa de seu irmão.

Quando sua mãe regressou mais tarde a buscar os pimentões, encontrou o prato vazio e não imaginou que houvesse sido Francisco que se os tivesse comido.

Desde esse momento, Francisco se curou da tifóide e sua saúde se restaurou por completo.

Um milagre em sua presença

Um dia, sendo ainda pequeno, acompanhou o seu padre, Horacio, em uma peregrinação ao santuário de São Peregrino.

A Igreja estava cheia de fiéis de todas partes.

Francisco se ajoelhou para orar ao frente do santuário e observava a angustia de uma mãe que se aproximou ao altar com um menino deforme em seus braços e implorava ao Santo que intercedesse pela cura de seu filho.

Enquanto seu pai se preparava para sair da Igreja, Francisco não se movia em profunda oração de intercessão pelo menino.

A mãe de este, em um arrebatamento de desespero disse em voz alta frente a imagem do Santo: "Cura a meu filho, se não o queres curar, tomá-lo, eu não o quero" e dizendo isto, jogou ao menino no altar.

No preciso momento em que o menino tocou o altar, este sarou por completo.

Esta experiência do poder da oração, afiançou grandemente a confiança de Francisco no poder da intercessão dos Santos.

Primeiros estudos

Francisco tinha grande sede de aprender.

Por não haver escolas na vila, uns granjeiros se organizaram para ensinar aos meninos da área.

Sua maior ambição era que os meninos pudessem aprender a ler e os mais brilhantes a escrever.

As aulas se levavam a cabo durante a noite pela necessidade existente de trabalhar, tanto adultos como meninos durante o dia.

Francisco estudava durante este tempo.

Outros meninos preferiam jogar, mas isto não era uma de suas prioridades.

Sua preferença era sempre passar a maior parte do tempo em oração e estudar no tempo destinado para a aprendizagem.

Padre Pio foi um menino disciplinado, que entendia o sacrifício que era para seus pais patrocinar seu tempo de aprendizagem.

Os estudos iam prepará-lo a Vida Religiosa chegou o momento no qual Francisco manifestará seu desejo de ser religioso.

Seu pai, ao ver a limitação existente de educação na vila, emigrou aos Estados Unidos e a Jamaica buscando melhor solução econômica que lhe permitiria sufragar os gastos de educação para Francisco.

Seus pais, ainda que humildes, receberam grande sabedoria do Senhor para ver o caminho que seu filho haveria de seguir.

Fizeram grandes sacrifícios para que se fosse possível.

Foi durante este tempo em que sua mãe, Giuseppa, fez sacrifícios para que seu filho recebesse a formação necessária para poder ingressar no seminário.

A única possibilidade nesse momento era receber aulas com Dom Domenico Tizzani, um ex-sacerdote que havendo abandonado o ministério, havia contraído matrimonio.

Dom Domenico tinha a reputação de ser muito bom mestre, mas algo passava com o jovem Francisco que parecia ter um bloqueio mental em sua presença.

Dona Giuseppa buscou outro mestre para Francisco e o encontrou no mestre Angelo Cavacco.

Com ele, o jovem Francisco avançou com grande rapidez e mostrou ter grande capacidade.