
Ordenação Sacerdotal
No dia 10 de agosto de 1910, padre Pio é ordenado sacerdote na Catedral de Benevento, Itália.
A tarde daquele dia, escreve esta oração: "Oh! Jesus, meu suspiro e minha vida, te peço que faças de mim um sacerdote santo e uma vitima perfeita".
No dia de sua ordenação, seu padre se encontrava em América, mas sua mãe, seu irmão Miguel e sua esposa, e suas três irmãs lhe acompanharam nesse dia tão especial.
Ao finalizar a Santa Missa, sua mãe e seus irmãos se aproximaram para receber sua primeira benção.
Sua mãe não podia conter suas lágrimas, tanto da emoção como da dor de pensar na ausência de seu esposo, cujo sacrifício havia feito possível a ordenação de seu filho.
Como era costume, o novo padre celebraria sua primeira missa na Igreja de seu povoado, em Santa Maria dos Anjos.
Na mesma Igreja na qual a 23 anos antes havia sido batizado, em onde havia recebido a primeira Comunhão e o Sacramento da Confirmação.
O padre dizia a seus filhos espirituais "Se vocês desejam assistir a Sagrada Missa com devoção e obter frutos, pensem na Mãe Dolorosa ao pé do Calvário".
De regresso em Pietrelcina
Enquanto mais alto escalava o jovem sacerdote até a perfeição, mais era atacado pelo demônio.
E enquanto mais atormentado era por Satanás, mais crescia em fé e em amor ao Senhor.
Pouco depois de sua ordenação, lhe voltaram as febres e os males que sempre lhe abateram durante seus estudos, e foi enviado a seu povoado, Pietrelcina, para que se restabelecesse da saúde.
Cada vez que fazia o proposito para voltar a vida religiosa dentro do monastério, este fracassava, pois sua saúde piorava.
Sua vida sacerdotal em Pietrelcina incluía muita oração acompanhada de muitas funções religiosas, assim como estudos teológicos, catecismo para os meninos do povoado e reuniões com indivíduos e famílias.
Durante este período em Pietrelcina, seu antigo professor, o ex-sacerdote Tizzani, agonizava.
Sua filha, vendo-o perto a morte, chamou ao padre Pio para que assistisse a seu pai, quem providencialmente passava por sua casa nesse momento.
O moribundo recebeu do padre a graça de Deus e a salvação eterna de sua alma, fez su confissão com lágrimas de arrependimento e morreu em paz.
Primeira aparição dos estigmas
Durante seu primeiro ano de ministério sacerdotal, em 1910, o padre Pio manifesta os primeiros sintomas dos estigmas.
Em uma carta que escreve a seu diretor espiritual os descreve assim: "Em meio das mãos apareceu uma mancha vermelha, do tamanho de um centavo, acompanhada de uma intensa dor.
Também sob dois pés sinto dor".
Estas dolores na mãos e nos pés do padre Pio, são os primeiros indícios dos estigmas que foram invisíveis até o ano de 1918.
Uma vez a dor que o padre Pio experimentou foi tão aguda, que sacudiu as mãos, as quais sentia que se lhe queimavam, ao que sua mãe lhe perguntou: "Que é isso?, é que agora também tocas a guitarra?".
O padre se limitou a não responder.
Este tempo em seu povoado natal foi um período de grandes combates espirituais com o demônio, mas também de grandes consolos através de êxtase e fenômenos místicos, tanto interiores como exteriores, espirituais e físicos.
O demônio aparecia-lhe de distintas maneiras.
Algumas vezes até na aparência de animais, de mulheres bailando danças impuras, de carcereiros que o açoitavam e inclusive sob a aparência de Cristo Crucificado, de seu Anjo da Guarda, São Francisco de Assis, a Virgem Maria, também sob a aparência de seu diretor espiritual, seu provincial, etc.
Mas depois destes assaltos do demônio, era consolado com êxtases e aparições de Jesus, a santíssima Virgem Maria, seu Anjo da Guarda, São Francisco e outros santos.
No dia 12 de agosto de 1912 experimentou pela primeira vez a "chaga do amor".
O padre Pio escreveu a seu diretor espiritual explicando-lhe o sucedido: "Estava na Igreja fazendo minha ação de graças depois da Santa Missa, quando de repente senti meu coração ferido por um dardo de fogo fervendo em chamas e eu pensei que ia morrer".
Por sete anos, padre Pio permanece fora do Convento, em Pietrelcina.
Naturalmente, esta vida estava em contraste com a regra franciscana e alguns irmãos frades se queixaram disto.
Foi então quando o Superior Geral da Ordem pediu a Sagrada Congregação dos Religiosos a exclaustração do Padre Pio.
Foi um golpe muito duro para ele e em um êxtase se queixou com São Francisco de Assis.
A Congregação dos Religiosos não escutou a solicitação do Superior Geral e concedeu que o padre Pio continuasse vivendo fora do convento, até que estivesse completamente restabelecida sua saúde.
De regresso a vida monástica
No dia 17 de fevereiro de 1916, o padre Pio saiu de Pietrelcina rumo a Foggia, onde os superiores o chamaram para dar um serviço espiritual.
Graças a as orações de Rafaelina Cerase, uma Senhora muito enferma e perto da morte, o padre Pio pode regressar definitivamente a vida comunitária.
Esta boa Senhora se ofereceu a Deus como vítima para que o padre pudesse ouvir confessões e com isso trazer grande beneficio as almas.
Ainda que o padre nunca mais pode regressar a Pietrelcina, seu amor por ela nunca diminuiu.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o padre, referindo-se a seu povoado disse: "Pietrelcina será preservada como a menina de meus olhos".
E antes de morrer, falando profeticamente disse: "Durante minha vida tenho favorecido a São Giovanni Rotondo.
Depois de minha morte, favorecerei a Pietrelcina".