segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A Vida do Santo Pio de Pietrelcina - parte V



Primeira visita a São Giovanni Rotondo

No dia 28 de julho de 1916, o padre Pio chega a São Giovanni Rotondo pela primeira vez.
São Giovanni Rotondo era então uma pequena vila na península do Gargano, rodeada por casas muito pobres, sem luz, sem água potável, sem caminhos pavimentados e sem formas de comunicação modernas, muito parecido a forma de vida nas vilas pequenas daquele tempo.

O monastério se encontrava a uns dois kilômetros do povoado e para chegar a este, era necessário ir em mula.

O monastério contava com uma pequena e rústica Igreja de Nossa Senhora das Graças do século XIV.

Regresso permanente a São Giovanni Rotondo Padre Pio foi enviado a São Giovanni pelo padre Guardião e sua breve visita foi do dia 28 de julho ao dia 5 de agosto.

Durante esta visita, a saúde do padre parece haver melhorado um pouco o qual agradou ao padre Provincial e este o mandou Sob obediência a regressar a São Giovanni por um tempo, até que melhorasse mais sua saúde.

O padre regressou ao Monastério do Gargano no dia 4 de setembro de 1916.

Nos desígnios do Senhor, o que em um inicio se pensou seria temporal, durou 52 anos, até a morte do padre.

Experiêcia Militar

O padre Pio foi chamado as filas militares três vezes durante a primeira Guerra Mundial e as três vezes foi regressou logo por motivos de saúde.

A ultima vez que foi chamado, sua saúde piorou tanto, que os mesmos médicos lhe deram baixa para "permiti-lhe morrer em paz em sua casa".

As curtas permanências nas filas militares causaram nele grandes dores em sua alma, por causa da dureza dos soldados, as blasfêmias que escutou e o ver-se afastado da vida monástica.

Outra grande dor era o não poder oferecer a Santa Missa todos os dias.

O padre foi saiu das filas militares com papeis que atestavam sua boa conduta, sua honra e fidelidade a pátria, ainda que se salvou de haver confrontado encargos de deserção por não apresentar-se por causa de um erro do carteiro de São Giovanni Rotondo.

Este não sabia que Francisco Forgione e o padre Pio eram a mesma pessoa.

O seminário menor

O padre Pio serviu como padre espiritual dos jovens que formavam parte do seminário seráfico menor, que nesse momento estava em São Giovanni Rotondo.

Orava muito e vigiava seu avanço espiritual e até chegou a pedir permissão para oferecer-se como vítima ao Senhor pela perfeição deste grupo a quem como ele mesmo dizia "amava com ternura".

Um dia em que dava um passeio com os jovens lhes disse: "Um de vocês me traspassou o coração".

"Um de vocês esta manhã fez uma Comunhão sacrílega.

E saber que fui eu que a dei hoje durante a missa".

O jovem culpado se jogou a seus pés e confessou ser ele.

O padre fez sinal aos demais para que se retirasse um pouco e ai mesmo na rua escutou sua confissão e o restaurou a graça de Deus.

Transverberação do coração

A transverberação é uma graça extraordinária que alguns santos como Santa Teresa de Jesus e São João da Cruz tem recebido.

O coração da pessoa escolhida por Deus é traspassado por uma flecha misteriosa ou experimentado como um dardo que ao penetrar deixa atras de si uma ferida de amor que queima enquanto a alma é elevada aos niveis mais altos da contemplação do amor e da dor.

O padre Pio recebeu esta graça extraordinária no dia 5 de agosto de 1918.

Em grande simplicidade, o padre narrou a seu diretor espiritual o sucedido: "Eu estava escutando as confissões dos jovens a noite do dia 5 de agosto quando, de repente, me assustei grandemente ao ver com os olhos de minha mente a um visitante celestial que se apareceu frente a mim.

Em sua mão levava algo que parecia como uma lança larga de ferro, com uma ponta muito aguda.

Parecia que saia fogo da ponta.

Vi a pessoa fundir a lança violentamente em minha alma.

Apenas pude queijar-me e senti como que se morresse.

Disse ao menino que saisse do confessionário, porque me sentia muito enfermo e não tinha forças para continuar.

Este martírio durou sem interrupção até a manhã do dia 7 de agosto.

Desde esse dia sinto uma grande aflição e uma ferida em minha alma que está sempre aberta e me causa agonia.